sábado, 4 de maio de 2013

Um rato de sebo em êxtase


Uma litografia de Daumier intitulada Un bouquiniste dans l'ivresse ("Um rato de sebo em êxtase"), de 1844, ilustra perfeitamente a fascinação bibliofílica pela raridade. Ela representa um homem folheando um pequeno volume e dizendo, com ar exaltado, a outro aficionado: "Nada se compara à minha alegria... acabo de encontrar, por cinquenta escudos, um Horácio impresso em Amsterdã em 1780... essa edição é excessivamente preciosa: cada página é repleta de erros!".
(BONNET, Jacques. Fantasmas na biblioteca: a arte de viver entre livros. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013, p. 31)

2 comentários:

  1. Vale como curiosidade, mas a mim não atraem as impressões com erro... Sou muito cartesiana para apreciar uma produção defeituosa!

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  2. Também acho que não apreciaria, mas existem aqueles casos em que um determinado erro dá todo um toque de preciosidade à obra. Em um livro do qual não me lembro agora (talvez seja "Biblioteca à noite" ou "A arte de ler"), há a descrição dum bibliômano europeu que conseguiu uma edição de livro com um único erro curioso (do qual também não me recordo agora).

    Talvez o caso brasileiro mais célebre (e item superdesejado por esse tipo de tarado) seja este:

    http://airtonsampaio.blogspot.com.br/2012/05/machado-de-assis-e-o-mais-celebre-erro.html

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