domingo, 2 de julho de 2006

Vive le Brésil

Brasileiro tá pronto pra tudo: ganhar de 1 a 0, ganhar de goleada, empatar, perder pênaltis, ver um futebol feio e rasteiro... só não tá pronto pra perder. Nunca.

Desta vez, o carrasco não foi o mesmo Napoleão de oito anos atrás. Mas este ainda estava na seleção do Galo, e comandou a eliminação do Brasil na Copa por 1 a 0, gol de um tal de Henri. Sim, desta vez não foi Napoleão quem derrubou toda uma nação por 3 a 0. Foi um Robespierre, que com um só golpe guilhotinou toda a seleção brasileira.

No dia seguinte pela manhã, ainda havia quem precisasse terminar de estourar seus últimos fogos de artifício, e de tocar mais uma vez aquela corneta ensurdecedora. Só por uns dois segundos. (Até 2010, ela ficará guardadinha, a menos que o time dele se destaque durante o Campeonato Brasileiro). Nesse mesmo domingo matinal, no campinho ao lado do meu bloco, vários moleques batiam uma pelada, como se nada de tão triste e desanimador tivesse acontecido ontem com eles. E não deve ter acontecido mesmo. Não. Nada que pudesse destruir o sonho redondo deles.