domingo, 24 de outubro de 2010

Serenata a uma pretensiosa (1945), Joaquim de Barros



A poesia está inscrita numa fonte em Folgosinho, Serra da Estrela, Portugal.

É uma raridade: além de singulares, esses versos são atribuídos a um poeta português esquecido e perdido no tempo, um certo Joaquim de Barros. É a última estrofe de "Serenata a uma pretensiosa" (1945):

Não procures subir alto
Modera as tuas canseiras
Há muitas vezes, a beleza
Mesmo nas ervas rasteiras.

Nas tuas unhas condiz
Teu modo de ostentação
Por fora sobra verniz
Por dentro falta sabão.

Nem sempre uma linda cara
Traduz encanto no mundo
Há mil fontes de àgua clara
Cheias de lodo no fundo.

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