Cena da peça "R.U.R.", de Karel Čapek (1921) |
“[...] ‘Robô’ é um dos poucos casos
em que os Aurélios são capazes de registrar o dia e hora certa do nascimento de
uma palavra que depois se tornaria corrente em todas as línguas. Ela foi dita
pela primeira vez no dia 26 de janeiro de 1921, quando a peça 'R.U.R', do checo
Karel Čapek, estreou no Teatro Nacional de Praga. No começo, ninguém sabia o
que era um robô. Mas bastou olhar para os atores no palco e para o espectador
na poltrona ao lado para que todo mundo descobrisse o que a palavra
significava. ‘R.U.R.’ queria dizer ‘Robôs Universais de Rossum’ e contava a
história de uma civilização tão avançada que prescindia completamente do
esforço humano, físico ou mental. [...]. O trabalho sujo era feito por um
exército de autômatos — enfim, uma espécie de proletariado mecânico. A
diferença é que, na peça, os robôs se revoltavam e, para impedir futuros
equívocos, exterminavam a raça humana. A hipótese parecia ligeiramente
provável, mas naquele tempo ninguém tomava a ficção ao pé da letra.”
[“As obras-primas que poucos leram”, Heloísa Seixas, p. 173]
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